Villas Bôas divulga carta elogiando atos contra o resultado da urnas: ‘incrível persistência’
Ex-chefe do Exército disse que atos são contra o que chamou de “atentados à democracia”
O general da reserva Eduardo Villas Bôas se posicionou em defesa das manifestações antidemocráticas realizadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) em todo o Brasil. Segundo ele, que é assessor especial do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo, os atos são contra “atentados à democracia”.
Em carta divulgada em suas redes sociais nesta terça-feira (15), Villas Bôas diz que pessoas reunidas em frente de quartéis pedindo “intervenção federal”, após a vitória de Luiz Inácio da Lula (PT), lutam pela independência dos poderes, as ameaças à liberdade, e devido às “dúvidas sobre o processo eleitoral”. “Incrível persistência”, elogiou.
No texto, Villas Bôas diz que a população tem pedido “socorro” às Forças Armadas. O general também criticou a imprensa por tentar “ignorar” as manifestações.
“Com incrível persistência, mas com ânimo absolutamente pacífico, pessoas de todas as idades, identificadas com o verde e o amarelo que orgulhosamente ostentam, protestam contra os atentados à democracia, à independência dos Poderes, ameaças à liberdade e as dúvidas sobre o processo eleitoral”, diz a mensagem.
— General Villas Boas (@Gen_VillasBoas) November 15, 2022
O texto também destaca o trabalho das Forças Armadas, com elogios à fiscalização realizada pelos militares no processo eleitoral – que não encontrou nenhum indício de fraude na disputa -, e aos comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica, que, segundo ele, demonstraram “apego aos princípios e valores militares, bem como ao texto constitucional”.
Garantia das manifestações
Os comandantes assinaram uma nota conjunta na qual defendiam a garantia de manifestações pacíficas e condenaram “restrições a direitos por parte de agentes públicos” e “excessos cometidos” em atos pelo País.
Villas Bôas foi o centro de uma polêmica em 2018, quando fez uma postagem no Twitter sobre impunidade no momento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgava um pedido de habeas corpus de Lula. A publicação foi interpretada em tom de ameaça.
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