Segurança

Policial civil foi atraído para ter arma roubada e ser assassinado em Caucaia

Membros de uma facção criminosa foram acusados por latrocínio, furto qualificado e outros crimes

O Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciou, nesta quarta-feira (9), quatro acusados de matar o escrivão da Polícia Civil do Ceará (PCCE) Edson Silva Macedo, em Caucaia, no último dia 8 de janeiro. Conforme a denúncia, o policial civil foi atraído para a sua própria casa, por membros de uma facção criminosa, para ter a arma de fogo roubada e ser assassinado.

Michael da Costa de Queiroz, o ‘Maikim’, de 19 anos, Edvan da Silva Rodrigues, o ‘Van’, 21, José Fábio de Matos Jacinto, o ‘Fabinho’, 26, e Carlos Roberto Oliveira da Silva, o ‘Fazendeiro’, 18, foram acusados pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte), furto qualificado, organização criminosa e corrupção de menores.

‘Fazendeiro’ morreu em um confronto com a Polícia, no Município de Jaguaruana, no dia 1º de fevereiro deste ano. O MPCE pediu pela extinção da punibilidade do mesmo. Os outros três acusados estão presos.

A Polícia Civil também identificou a participação de quatro adolescentes, que respondem a atos infracionais análogos aos crimes cometidos pelos adultos, na Justiça Estadual.

Quadrilha armou emboscada

A denúncia, elaborada pelo promotor de Justiça Jairo Pereira Pequeno Neto, detalha que, dias antes da morte do escrivão, os criminosos descobriram que uma casa no bairro Padre Júlio Maria que estava desocupada pertencia a um policial.

O grupo criminoso invadiu o imóvel diversas vezes, constatou que a residência pertencia a um agente de segurança (pois encontraram uma blusa com o brasão da Polícia Civil, coldre, cartuchos de pistola e papel de treino de tiro) e até furtou alguns dos objetos.

O plano da quadrilha era, com as invasões, atrair as atenções do proprietário do imóvel para ele ir até o local e roubar a arma de fogo do mesmo. Um dos criminosos teria incentivado uma vizinha a fazer a denúncia ao policial civil.

Legenda: Edson Macedo já foi encontrado morto por uma composição da Polícia Militar do Ceará (PMCE), na sala da casa
Foto: Reprodução

Naquele sábado, dia 8 de janeiro, Edson Macedo decidiu ir verificar a denúncia sozinho. Na casa, ele se deparou com vários documentos e outros objetos revirados e mandou fotografias para a esposa. Ele queria trancar a porta principal por dentro, com pedaços de madeira, e sair pelo telhado – para evitar novas invasões.

Mas Edson foi surpreendido pelos criminosos, que invadiram mais uma vez a casa, e assassinado com 13 tiros – a maioria na cabeça. Em seguida, a quadrilha fugiu com a arma de fogo do policial civil.

“Ante o exposto, conclui-se que as condutas delitivas dos acusados, revestidas de exacerbada frieza e violência, buscavam atingir o próprio Estado, de modo que, para aumentar o arsenal do grupo criminoso, os indivíduos covardemente executaram um dos representantes da Segurança Pública Cearense e pretendiam utilizar a arma da vítima na propagação de terror contra os moradores de Caucaia, através de outras empreitadas criminosas.” Jairo Pereira Pequeno Neto Promotor de Justiça

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Marcio Sousa

Editor chefe, Radialista profissional e Diretor de Programação da Taperuaba 98,7 FM

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