Segurança

Polícia Federal investiga fraudes e corrupção de R$ 11 milhões em obras da Arena Castelão

Irregularidades teriam acontecido entre os anos de 2010 e 2013 durante a preparação para a Copa do Mundo

A “Operação Colosseum”, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (15), cumpriu 14 mandados de busca e apreensão no Ceará e em outros três estados para apurar fraudes e corrupção nas obras da Arena Castelão, entre 2010 e 2013, em Fortaleza. Há indícios de desvios de R$ 11 milhões pagos em dinheiro vivo ou por doações eleitorais. 

Segundo a PF, são investigados fraudes, exigências e pagamentos de propinas a agentes políticos e servidores públicos em licitações das intervenções feitas no equipamento esportivo. Nenhum dos envolvidos teve a identidade revelada. 

Os mandados para recolhimento de mídias digitais, documentos e celulares foram expedidos pela  32ª Vara da Justiça Federal e estão sendo cumpridos em Fortaleza, Meruoca e Juazeiro do Norte. Fora do Ceará, a ofensiva acontece em São Luís (MA), São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG). 

Legenda: Além do Ceará, operação ocorreu ainda nos estados do Maranhão, Minas Gerais e São Paulo
Foto: Divulgação/PF

Origem do esquema criminoso

As supostas irregularidades começaram a ser descobertas em 2017, quando a PF identificou indícios de pagamentos de propinas para favorecer uma empresa no processo licitatório da Arena Castelão para a Copa do Mundo 2014.

Tudo isso para que na execução contratual, ou seja, durante a reforma, ampliação, adequação, operação e manutenção do estádio, a mesma empresa recebesse valores do Governo do Estado 

“Apurou-se indícios de pagamentos de 11 milhões de reais em propinas diretamente em dinheiro ou disfarçadas de doações eleitorais, com emissões de notas fiscais fraudulentas por empresas fantasmas”.

A PF pontuou que os investigados, cujos nomes não foram citados, poderão responder pelos crimes de  lavagem de dinheiro, fraudes em licitações, associação criminosa, além de corrupção ativa e passiva previstos no Código Penal. 

“As investigações continuam com análise do material apreendido na operação policial e do fluxo financeiro dos suspeitos”, complementou a instituição.

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Marcio Sousa

Editor chefe, Radialista profissional e Diretor de Programação da Taperuaba 98,7 FM

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