Leitos de UTIs no Interior estão no limite; fila de espera tem 614 pessoas
A porcentagem de ocupação de unidades de terapia intensiva para adultos é de 97,84% do total de unidades disponíveis
Os leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) destinadas a pacientes com Covid-19 no interior do Ceará estão com taxa de ocupação de 96,36% até esta sexta-feira (16). O índice é ainda maior considerando os leitos adultos, que estão 97,84% preenchidos. a contagem exclui Fortaleza e cidades da Região Metropolitana.
Em todo o Estado, 614 pessoas aguardam transferência para alguma unidade hospitalar, segundo o portal de transparência IntegraSUS, vinculado à Secretaria da Saúde (Sesa).
VACINÔMETRO NO CEARÁ | COVID-19
Atualizado em 16/4, 17h40
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No Sertão Central, Jaguaribe e Litoral Leste, a taxa de ocupação de UTIs chega a 100%. As regiões de Sobral e do Cariri ficam com 98,07% e 96,4% de lotação, respectivamente.
O Hospital Regional Norte (HRN) é o que possui mais vagas preenchidas nas unidades de terapia intensiva, com 111 leitos. Logo após está o Hospital Regional do Cariri (HRC), com 64.
A diretora-executiva do Hospital Regional de Iguatu, Glícia Alencar, ressalta que, durante a segunda onda da pandemia, os casos estão mais graves e acometendo cada vez mais pacientes jovens.
Na primeira onda, nós tínhamos pacientes idosos em sua grande maioria. Hoje, a gente não tem mais isso, nós temos pacientes de 30, 40, 50 anos. Temos idosos também, mas mudou completamente o perfil” Glícia Alencar Diretora-executiva do Hospital Regional de Iguatu
O paciente “sempre é o amor de alguém”
Glícia Alencar pontua ainda que, apesar do cansaço dos profissionais da saúde neste momento, eles “estão sempre ali a postos, sem fraquejar”, porque “quem tá no leito de UTI e às vezes vai a óbito, sempre é o amor de alguém. Pode ser que chegue o dia que seja um de nossos amores, um pai, um irmão, um filho. Então, eu peço que a população também se conscientize”.
“Muitas vezes, a gente fica meio que de mãos atadas, porque chega um ponto que não tem mais onde colocar paciente. A gente tem vontade de ajudar, mas tem uma hora que não depende só dos profissionais, né? Estamos praticamente todos os dias com 100% de ocupação. Sai um paciente e já tem cinco, seis na fila, sabe?”, pontua Glícia Alencar.
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