Brasil

Dinheiro esquecido: o que acontece se o beneficiário não pedir o resgate?

A partir de 2 de maio, haverá uma nova rodada de consultas, com mais R$ 4,1 bilhões disponíveis

O último cronograma, divulgado pelo Banco Central (BC), para o resgate do dinheiro esquecido em bancos se estendeu até o dia 16 de abril. Uma nova rodada de consultas será iniciada a partir de 2 de maio. Mas, o que acontece se alguém tiver o valor a ser retirado do banco e não pedir o resgate?

O Banco Central afirmou que o recurso será mantido nas instituições por tempo indeterminado, ou até que o dono solicite o resgate.

Vale lembrar que durante a nova consulta, em maio, não haverá necessidade de agendamento. Desta forma, o cidadão poderá pedir o resgate dos recursos no momento da primeira consulta.

Novas consultas

A partir de 2 de maio, haverá uma nova rodada de consultas, com mais R$ 4,1 bilhões disponíveis. Na segunda etapa, serão incluídas as seguintes fontes de saldos residuais:

  • cobranças indevidas de tarifas ou obrigações de crédito não previstas em termo de compromisso;
  • contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas e com saldo disponível;
  • contas encerradas em corretoras e distribuidoras de títulos e de valores mobiliários;
  • demais situações que resultem em valores a serem devolvidos reconhecidas pelas instituições financeiras.

Além dos valores residuais em bancos, o cidadão pode ter outras fontes de dinheiro esquecido, como cotas de fundos públicos, revisão de benefícios da Previdência Social, restituições na malha fina do Imposto de Renda e até pequenos prêmios de loterias.

Alerta de golpes

O Banco Central alerta para o risco de golpes e informa que não entra em contato direto com os cidadãos para tratar sobre esse dinheiro ou pedir confirmação de dados pessoais.

Além disso, a instituição destaca que  único site para consulta e pedidos de transferência de valores esquecidos em bancos é o do Sistema Valores a Receber (SRV). 

O que é o SRV?

SRV foi lançado, em 24 de janeiro, para a descoberta de valores abandonados em instituições financeiras. Logo no primeiro dia de operação, o sistema foi derrubado devido à alta demanda.

A plataforma voltou a operar normalmente só em 14 de fevereiro último. E a busca por esses recursos e informações sobre o assunto cresce desde então. 

Até o último dia 25 de fevereiro, foram mais 116, 8 milhões de consultas. Deste total, mais de 26 milhões de pessoas acharam alguma cifra.

Mais de 114 milhões de consultas

Segundo o BC, cerca de 114 milhões de pessoas e 2,7 milhões de empresas acessaram até agora o sistema de consultas criado para o resgate do dinheiro. Desse total, 25,9 milhões de pessoas físicas e 253 mil empresas descobriram que têm recursos a receber.

A maior parte dos recursos esquecidos, no entanto, é de pequeno valor. De acordo com levantamento do BC, saldos de até R$ 1 correspondem a 42,8% dos casos e montantes de até R$ 10 concentram 69,7% do total.

Confira abaixo o passo a passo para a retirada do dinheiro

Passo 1

Acessar o site valoresareceber.bcb.gov.br na data e no período de saque informado na primeira consulta. Quem esqueceu a data pode repetir o processo, sem esperar o dia 7 de março.

Passo 2

Fazer login com a conta Gov.br (nível prata ou ouro). Se o cidadão ainda não tiver conta nesse nível, deve fazer o cadastro ou aumentar o nível de segurança (no caso de contas tipo bronze) no site ou no aplicativo Gov.br. O BC aconselha o correntista a não deixar para criar a conta e ajustar o nível no dia de agendar o resgate.

Passo 3

Ler e aceitar o termo de responsabilidade

Passo 4

Verificar o valor a receber, a instituição que deve devolver o valor e a origem (tipo) do valor a receber. O sistema poderá fornecer informações adicionais, se for o caso. A primeira etapa da consulta só informava a existência de valores a receber, sem dar detalhes.

Passo 5

Clicar na opção indicada pelo sistema:

  • “Solicitar por aqui”: para devolução do valor via Pix em até 12 dias úteis. O usuário deverá escolher uma das chaves Pix e informar os dados pessoais e guardar o número de protocolo, caso precise entrar em contato com a instituição.
  • “Solicitar via instituição”: a instituição financeira não oferece a devolução por Pix. O usuário deverá entrar em contato pelo telefone ou e-mail informado para combinar com a instituição a forma de retirada: Transferência Eletrônica Disponível (TED) ou Documento de Crédito (DOC).

Importante: Na tela de informações dos valores a receber, o cidadão deve clicar no nome da instituição para consultar os canais de atendimento.

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Marcio Sousa

Editor chefe, Radialista profissional e Diretor de Programação da Taperuaba 98,7 FM

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