Brasil

Dinheiro esquecido: apenas 8% dos valores foram resgatados; saiba como recuperar

O Sistema de Valores a Receber (SRV) do Banco Central começou a operar em 14 de fevereiro

A frustração diante das baixas quantias encontradas no Sistema de Valores a Receber (SRV) do Banco Central se refletiu no número de saques, com a retirada de apenas R$ 321 milhões dos R$ 3,9 bilhões “esquecidos” pelos contribuintes. Os dados consideram os regastes feitos até o último dia 16 de abril, segundo a autoridade monetária. 

A quantia resgatada corresponde a somente 8,2% do montante disponível na primeira fase. Do total de saques, R$ 306 milhões foram feitos por pessoas físicas. O restante (R$ 15 milhões) por empresas.  Cerca de 40% dos brasileiros encontrarem valores inferiores a R$ 1 no site.

SRV foi lançado, em 24 de janeiro, para a descoberta de valores abandonados em instituições financeiras. Logo no primeiro dia de operação, o sistema foi derrubado devido à alta demanda.

A plataforma voltou a operar normalmente só em 14 de fevereiro último. A estimativa é que haja R$ 8 bilhões ‘esquecidos’, liberados em duas fases, nos meses de fevereiro e maio deste ano.

Nova fase

Neste mês de maio, haverá uma nova rodada de consultas, com mais R$ 4,1 bilhões disponíveis. Na segunda etapa, serão incluídas as seguintes fontes de saldos residuais: 

• cobranças indevidas de tarifas ou obrigações de crédito não previstas em termo de compromisso;

• contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas e com saldo disponível;

• contas encerradas em corretoras e distribuidoras de títulos e de valores mobiliários;

• demais situações que resultem em valores a serem devolvidos reconhecidas pelas instituições financeiras.

Além dos valores residuais em bancos, o cidadão pode ter outras fontes de dinheiro esquecido, como cotas de fundos públicos, revisão de benefícios da Previdência Social, restituições na malha fina do Imposto de Renda e até pequenos prêmios de loterias.

Confira abaixo o passo a passo para a retirada do dinheiro

Passo 1

Acessar o site valoresareceber.bcb.gov.br na data e no período de saque informado na primeira consulta. Quem esqueceu a data pode repetir o processo, sem esperar o dia 7 de março.

Passo 2

Fazer login com a conta Gov.br (nível prata ou ouro). Se o cidadão ainda não tiver conta nesse nível, deve fazer o cadastro ou aumentar o nível de segurança (no caso de contas tipo bronze) no site ou no aplicativo Gov.br. O BC aconselha o correntista a não deixar para criar a conta e ajustar o nível no dia de agendar o resgate.

Passo 3

Ler e aceitar o termo de responsabilidade.

Passo 4

Verificar o valor a receber, a instituição que deve devolver o valor e a origem (tipo) do valor a receber. O sistema poderá fornecer informações adicionais, se for o caso. A primeira etapa da consulta só informava a existência de valores a receber, sem dar detalhes.

Passo 5

Clicar na opção indicada pelo sistema:

  • “Solicitar por aqui”: para devolução do valor via Pix em até 12 dias úteis. O usuário deverá escolher uma das chaves Pix e informar os dados pessoais e guardar o número de protocolo, caso precise entrar em contato com a instituição.
  • “Solicitar via instituição”: a instituição financeira não oferece a devolução por Pix. O usuário deverá entrar em contato pelo telefone ou e-mail informado para combinar com a instituição a forma de retirada: Transferência Eletrônica Disponível (TED) ou Documento de Crédito (DOC).

Importante: Na tela de informações dos valores a receber, o cidadão deve clicar no nome da instituição para consultar os canais de atendimento.

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Marcio Sousa

Editor chefe, Radialista profissional e Diretor de Programação da Taperuaba 98,7 FM

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