Ceará tem menor taxa de transmissão do novo coronavírus desde o início da pandemia
De acordo com a plataforma IntegraSUS, a taxa no Estado se encontra em 0,63. A queda do número está relacionada à desaceleração de novos casos confirmados da Covid-19
A taxa de transmissão do novo coronavírus no Estado do Ceará permanece em queda. Conforme estatísticas da plataforma IntegraSUS da Secretaria Estadual da Saúde do Ceará (Sesa-CE), a taxa está, atualmente, em 0,63. Durante o pico da pandemia da Covid-19 o número chegou a 2,0 no Estado e 2,02 em Fortaleza.
Atualizado em 11/08, 18h17
Ceará | Nordeste | Brasil | |
---|---|---|---|
Nº de Casos | 191 540 | 954 501 | 3 035 422 |
Nº de Óbitos | 8 043 | 30 735 | 101 049 |
Em março, mês do início dos registros, a Sesa divulgou uma taxa de 1,78. O número veio desacelerando com o passar do tempo. No início do último mês de julho a taxa estadual estava em 0,9.
Na capital o índice de transmissibilidade se encontra em 0,78 atualmente. Segundo a plataforma IntegraSUS, por região, neste mês de agosto a maior taxa é a do Sertão Central do Ceará, com 0,94.
O médico infectologista Keny Colares explica que a taxa de transmissão demonstra o número de pessoas que, em média, uma pessoa infectada repassa o vírus. Ou seja, se a taxa está acima de um isto indica que cada pessoa com Covid-19 contamina mais de uma outra pessoa. Já quando a taxa se aproxima de 0,5, isto demonstra que, na teoria, a cada duas pessoas que se infectam uma só transmite a alguma outra.
O Ceará tem quase que 190 mil casos confirmados de Covid-19. Conforme o infectologista, a queda da taxa de transmissão também tem relação com o alto número de pessoas infectadas e adoção de medidas farmacológicas, como uso de máscaras de proteção.
“A medida que temos mais casos confirmados, temos menos pessoas suscetíveis. A taxa de transmissão significa o número de pessoas, em média, que uma pessoa que está infectada é capaz de transmitir. É possível ainda que exista relação da queda com a mudança dos fatores climáticos”, afirmou o infectologista.
Ainda segundo Keny Colares, os números indicam que o vírus permanece circulando e que a transmissão ainda existe: “Se abolirmos as medidas, especialmente de uma hora para outra, podemos ter uma nova onda da doença. Ainda temos o vírus circulando e pessoas que ainda não tiveram a doença, o que significa que temos os ingredientes necessários para uma possível piora”, disse.
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