‘A gente vai taxar 2% de rico, pegar esse dinheiro e limpar a cidade’, diz Sarto sobre taxa do lixo
Prefeito voltou a criticar a falta de votos para aprovar as isenções na Câmara de Vereadores
O prefeito José Sarto (PDT) voltou a criticar, nesta quinta-feira (22), o fato de que trechos que tratavam das isenções à taxa do lixo não atingiram o número de votos necessários na Câmara Municipal de Fortaleza para serem aprovadas. A legislação que cria a cobrança foi sancionada na quarta-feira (21) por Sarto, mas, da forma que está, não haverá nenhuma isenção.
Na terça-feira (20), vereadores contrários à matéria se retiraram do plenário da Câmara após a taxa do lixo ser aprovada. Por conta disso, as emendas que tratavam das isenções – que chegariam a 70% das habitações, segundo Sarto – não alcançaram os 29 votos necessários. O prefeito chamou a atitude de ”inconcebível”.
“Eles brecaram a matéria exatamente na isenção, que é o melhor da matéria”, criticou. “Esse é o projeto ‘Robin Hood’. A gente vai taxar 2% de rico e vai pegar esse dinheiro e limpar a cidade, fazer 350 mini ecopontos, fazer o parque do Rio Branco, urbanizar lagoa, fazer programa de resíduos sólidos e reutilização”, disse.
A declaração foi feita durante a reunião do secretariado da Prefeitura de Fortaleza, realizada no Cuca Mondubim.
Sarto já havia criticado, por meio das redes sociais, os vereadores contrários à taxa do lixo – e que não participaram da votação das emendas. Em resposta, os parlamentares criticaram a criação do projeto. “O povo não quer isenção, o povo quer a revogação total da taxa do lixo”, escreveu Julierme Sena (União). “Não cederemos aos seus ataques e pressão”, afirmou Adriana Nossa Cara (Psol).
CONVOCAÇÃO PARA JANEIRO
A Prefeitura enviou novo projeto de lei para tratar apenas das isenções à taxa do lixo para a Câmara Municipal. Com o recesso dos vereadores desde a quarta-feira, a discussão deve ficar apenas para 2023. “Já pedi uma convocação extraordinária da Câmara para o mês todo de janeiro para discutir, exclusivamente, isenção”, ressaltou Sarto.
O prefeito também comentou o racha na base aliada da Prefeitura na Casa, já que muitos parlamentares ficaram desconfortáveis em votar a matéria e alguns se manifestaram publicamente contra a taxa, mesmo sendo, por exemplo, do mesmo partido de Sarto, o PDT.
“O vereador e a vereadora (Julio Brizzi e Enfermeira Ana Paula, ambos do PDT) sempre foram oposição, desde o primeiro dia que eu pus meus pés no Paço. (…) Se olhar retrospectivamente, sempre foram oposição. Eles estão no lugar errado”, alfinetou.
“Acho que a base mesmo, de boa alma, tinha dúvidas quanto a complexidade da matéria – que não é tão complexa assim, venhamos e convenhamos”, completou.
BALANÇO DA GESTÃO
Sarto se reuniu com o secretariado municipal com o objetivo de fazer um balanço dos dois anos de gestão na Prefeitura de Fortaleza e projetar a metade final do mandato à frente do Executivo municipal.
Segundo o prefeito, 64% das promessas feitas durante a campanha eleitoral, em 2020, já foram cumpridas.
“Nossa equipe já entregou, para a população de Fortaleza, 64% do que nós havíamos comprometido quando eu, então candidato a prefeito, divulgava a nossa posição política. Em algumas áreas estamos muito avançados, outras nem tanto por conjunturas exteriores e a própria pandemia”, resumiu.
Ele citou ainda algumas metas para 2023, dentre as quais a conclusão da ampliação da avenida Sargento Hermínio e a integração da Monsenhor Tabosa ao Complexo Artístico do Dragão do Mar.
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