Esportes

Projeto de clube-empresa é aprovado pela Câmara e segue para sanção de Bolsonaro

Proposta tem por objetivo fazer com que clubes financiem dívidas e se tornem mais atrativos a investidores

Foi aprovado nesta quarta-feira (14), pela Câmara dos Deputados, o projeto de lei que permite agremiações esportivas a se tornarem empresas, a chamada Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A proposta, que tem por objetivo fazer com que clubes financiem dívidas e se tornem mais atrativos a investidores, segue agora para a sanção do presidente Jair Bolsonaro.

O texto teve ampla maioria no plenário, sendo aprovado por 429 votos contra apenas sete. De autoria de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o projeto havia sido aprovado no Senado no dia 10 de junho, com relatoria de Carlos Portinho (PL-RJ).

O Movimento Futebol Livre, que reúne 46 clubes de todas as divisões do País, se manifestou favorável ao PL. Para o grupo é de “extrema relevância para o futuro do futebol brasileiro” que modelos praticados no resto do mundo sejam aplicados no Brasil.

Para Felipe Corrêa, sócio do Bumachar Advogados, o projeto é muito benéfico no que diz respeito à reestruturação de dívidas dos clubes. “O texto traz para a esfera cível um instituto conhecido e utilizado nas obrigações trabalhistas, que é o regime de centralização de execuções. Cria-se um juízo centralizador e o pagamento dos credores ocorre através dele”, explica.

Redução de dívidas

Dentro desse regime, o clube tem a possibilidade de propor um plano de pagamento, que pode auxiliar na blindagem e evitar a penhora de bens, por exemplo, desde que cumpram rigorosamente o acordado. Além disso, o projeto traz a possibilidade dos times se valerem da recuperação judicial ou extrajudicial para seu soerguimento.

Com a SAF, clubes terão um modelo específico de tributação, com alíquota fixa de 4% em regime de caixa mensal, com exceção da venda de atletas. O texto dá prazo de até 10 anos para pagamento dos passivos, sendo que nos primeiros seis, pelo menos 60% da dívida deve ser quitada.

O projeto prevê também outras três alternativas para quitação de dívidas. Por pagamento direto feito pelo clube, por recuperação judicial (negociação coletiva) ou por concurso de credores, mediante a centralização das execuções. Quero receber conteúdos exclusivos d

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Marcio Sousa

Editor chefe, Radialista profissional e Diretor de Programação da Taperuaba 98,7 FM

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