Policial penal é investigado por tráfico de drogas em cadeia pública no Interior do Ceará
O policial penal comprava drogas para os presos em troca de cocaína para consumo próprio
Um policial penal é investigado suspeito de ter cometido o crime de tráfico de drogas dentro de uma cadeia pública na cidade de Senador Pompeu, Interior do Ceará. O agente teria facilitado a entrada de drogas durante as visitas e até mesmo comprado entorpecentes para repassar aos presos.
Em troca, recebia vantagens indevidas, “consistentes em porções de cocaína para o consumo próprio e de terceiros”, segundo a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD). O órgão instaurou processo administrativo para apurar a conduta do servidor, de nome preservado.
O policial também é alvo de uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) devido ao ato de improbidade administrativa. O processo em decorrência do tráfico de drogas tramita em segredo de Justiça.
ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
De acordo com publicação da CGD no Diário Oficial do Estado (DOE) dessa segunda-feira (11), o policial participava de uma organização criminosa bem estruturada e com divisão de tarefas, voltadas para o tráfico de drogas, com destino a Cadeia Pública de Senador Pompeu.
Há informação que o policial não só deixava de praticar a contento a revista dos materiais destinados aos presos, mas também auxiliava a circulação das drogas dentro do equipamento público.
“De acordo com as declarações colhidas no processo judicial, em comento, os demais denunciados contavam com a colaboração efetiva do agente por ser policial penal, razão pela qual ele facilitava a entrada de drogas na cadeia durante as visitas, a fim de conseguir substâncias entorpecentes para seu consumo próprio, por ser dependente químico”, expôs a Controladoria.
O agente ainda teria chegado a trocar de celular com um dos detentos, como forma de pagamento. Ao longo das diligências foram autorizadas interceptações telefônicas pela Justiça.
Na apuração, as autoridades constataram que os envolvidos no esquema se reuniam com frequência para combinar a oferta, transporte e entrega das drogas, como maconha e cocaína.
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