Os desafios de Roberto Cláudio para tentar unificar o PDT e aliados às vésperas da convenção
Ex-prefeito, indicado pelo partido, tem reunião marcada com a bancada estadual para o início da próxima semana
O ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, escolhido pelo PDT como pré-candidato ao governo do Estado, tem dois desafios que precisam correr paralelamente às vésperas da convenção para homologar seu nome, o que deve ocorrer no domingo (24). O primeiro e principal deles é reunificar o partido após um período de turbulências políticas na pré-campanha.
Algumas providências neste sentido já estão sendo tomadas. Roberto Cláudio contactou, individualmente, deputados estaduais do PDT para uma conversa que sinaliza o pedido de unidade e combinou com o presidente da Assembleia, deputado Evandro Leitão, uma reunião com a bancada do PDT, que é a maior do parlamento estadual e foi um dos focos do embate entre Roberto e a governadora Izolda Cela.
O encontro, conforme antecipou esta coluna, ocorrerá no início da próxima semana, conforme confirmou o chefe do Poder Legislativo a esta Coluna.
Turbulências internas
Com quatro pré-candidatos lançados, a crise interna no partido começou a se desenhar pouco antes de o ex-governador Camilo Santana (PT) deixar o cargo e se intensificou após a posse de Izolda Cela como governadora. Ela era pré-candidata e contou com o apoio do antecessor.
As forças internas do partido e da aliança governista se dividiram e o tom de beligerância foi escalando a ponto de ser necessário a decisão ir para o voto do diretório estadual, quando Roberto Cláudio venceu na preferência e se tornou o pré-candidato da legenda.
Passado este momento, o ex-prefeito de Fortaleza tem o desafio de vencer as desavenças e construir uma unidade em torno de seu nome.
Base aliada
Em paralelo, o desafio do pré-candidato é tentar manter partidos que deram sustentação ao projeto político desde o governo Cid Gomes. O PT, de Camilo Santana, já declarou, em nota, que a atitude do PDT de lançar Roberto Cláudio significou um “rompimento unilateral” da aliança.
Com o PT, partidos como PV, PCdoB, MDB, PP e PSDB sinalizam formar uma outra coligação para a eleição ao governo do Estado. Tudo ainda, entretanto, está em negociação.
Interlocutores já foram acionados, inclusive, para tentar abrir o diálogo com o ex-governador, mas ainda não há sinalização de que isso vá acontecer.
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