Ministro da Integração garante águas do São Francisco no Ceará até julho
As águas do rio São Francisco vão chegar ao Ceará ainda no primeiro semestre de 2018. A garantia foi dada pelo ministro da Integração Nacional, Hélder Barbalho, ontem durante o 8º Fórum Mundial da Água, em Brasília. “Estamos acompanhando o cronograma para garantir que as obras possam chegar ao reservatório Jati o mais rápido possível e com isso adentre ao Cinturão das Águas permitindo que as águas possam chegar efetivamente ao Ceará. A nossa previsão é que esteja no reservatório Jati ainda neste semestre”, afirmou o ministro.
Ainda de acordo com Hélder Barbalho, todas as fatura apresentadas pelo consórcio Emsa-Siton, que deu prosseguimento à obra, “estão sendo pagas pelo Ministério para que não haja prejuízo de fluxo financeiro”. O contrato entre o Governo Federal e o consórcio é de R,8 milhões. A obra de transposição das águas do rio São Francisco para o Ceará já teve data de conclusão alterada por diversas ocasiões e motivos. A última paralisação durou 13 meses entre junho de 2016 e julho do ano passado. Após a retomada, o Governo Federal chegou a antecipar a entrega da obra, antes prevista para maio deste ano para janeiro. No entanto, nenhuma das três metas do eixo Norte — que impacta diretamente o Ceará —foi totalmente concluída.
Para que as águas do ‘Velho Chico” possam chegar ao Ceará, também é necessária a conclusão do Cinturão das Águas, sob responsabilidade do Governo Estadual. Presente no 8º Fórum Mundial da Água, o secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, reconhece que as obras do Cinturão passaram por atrasos este ano. Contudo, ele se diz otimista para que tudo esteja pronto em julho, quando as obras do eixo do Norte da transposição serão concluídas.
“Em fevereiro, choveu muito forte no Cariri e o pessoal praticamente não conseguiu trabalhar. Como lá o solo é muito argiloso, quando chove, leva muito tempo para enxugar. A partir de abril vamos tocar a obra com mais celeridade para concluir. Agora, nossa preocupação é que a construtora do projeto do São Francisco, adquira maior eficiência e celeridade”, afirma Teixeira.
Ainda de acordo com o secretário, a chegada das águas do São Francisco impactaria de maneira significativa a segurança hídrica de boa parte do Estado.
“Seria importante para as cidades do Vale do Salgado, que estão até certo ponto seguras. Mas Icó, por exemplo, se o Orós não pegar água, pode comprometer. Chegando no Jaguaribe, garante o abastecimento dessas cidades e de Fortaleza e Região Metropolitana”, complementa.
SITUAÇÃO HÍDRICA NO CEARÁ
Atualmente, os reservatórios cearenses operam com 8,4% da capacidade. Maior açude do Estado e principal abastecedor da Região Metropolitana, o Castanhão está com 3,82% do volume
ANDAMENTO DAS OBRAS
A obra de transposição do rio São Francisco é dividida no eixos Leste (concluído em março de 2017) e Norte, que impacta diretamente do Ceará. O eixo Norte está 94,96% concluído, segundo o Ministério da Integração, e é subdividido em três metas META 1N (140KM)
Vai da captação no município de Cabrobó (PE), até o reservatório de Jati, no Ceará. Apresenta 92,47% de execução META 2N (39KM)
Começa no reservatório Jati e termina no reservatório Boi II, no município de Brejo Santo. A Meta 2N apresenta 99,5% de execução física. META 3N (81KM)
Estende-se do reservatório Boi II, até o reservatório Engenheiro Ávidos (Cajazeiras /PB). A Meta 3N apresenta 98,40% de execução física.
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