Menino de 6 anos é resgatado dois dias após terremoto na Indonésia

Marcio Sousa 24/11/202224/11/2022 0 Comments Indonésia, Terremoto

0 Compart.

Até o momento, as autoridades contabilizaram 271 mortos e mais de 2 mil feridos

Um menino de seis anos foi resgatado com vida, nessa quarta-feira (23), após passar dois dias presos nos escombros decorrentes do terremoto na cidade de Cianjur, em Java Ocidental, na Indonésia. Até o momento, foram contabilizados 271 mortos e mais de 2 mil feridos.

O resgate aumentou as esperanças de que sobreviventes ainda possam ser encontrados. Quarenta pessoas continuam desaparecidas, segundo as autoridades.

O pequeno Azka sobreviveu sem água nem comida. “Quando percebemos que Azka estava vivo, todos começaram a chorar, inclusive eu”, afirmou à AFP Jeksen, um voluntário de 28 anos.”Foi muito emocionante, um milagre”, completou.

As equipes de emergência sabem que 72 horas depois do terremoto, de 5,6 graus, as chances de encontrar sobreviventes são muito pequenas.

Azka foi retirado de uma casa destruída no distrito de Cugenang, o mais afetado da cidade. O corpo da mãe do menino foi encontrado poucas horas antes. Além disso, ao lado da criança foi encontrado o corpo de sua avó, disse Jeksen.

Queda de parede formou vão que ajudou menino

O menino sobreviveu graças a um muro que apoiou outra parede que desabou e impediu a queda sobre ele, informou a imprensa local.

“Ele foi encontrado na parte esquerda da casa, na cama. Estava protegido por um travesseiro e havia um vão de 10 centímetros entre ele e o muro de concreto”, explicou Jeksen.”Era um espaço tão estreito, estava escuro, calor e não havia espaço suficiente para respirar”, acrescentou.

Muitas vítimas do terremoto foram crianças que ficaram presas em suas escolas ou casas, informaram as autoridades. Mas o tempo para encontrar mais sobreviventes é curto e os trabalhos de resgate são prejudicados pelas chuvas intensas e ameaças de tremores secundários.

“Hoje mobilizamos 6.000 pessoas para a operação de busca e resgate. Está chovendo, mas continuamos procurando”, afirmou o diretor da agência nacional de gestão de desastres, Suharyanto, que tem apenas um nome, como muitos indonésios.