Mais de 500 quilos de explosivos são apreendidos em residência
Mais de 500 quilos de artefatos explosivos foram apreendidos em uma casa situada no bairro Quintino Cunha, Área Integrada de Segurança 1 (AIS 1) de Fortaleza, nessa terça-feira (14). A apreensão do material se deu em uma ação desenvolvida em conjunto pela Coordenadoria de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) da Polícia Militar do Estado do Ceará (PMCE) e a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF). O proprietário das apreensões foi preso em flagrante.
Ao todo, foram apreendidos três rolos de cordel detonante, seis sacos de explosivo granulado, totalizando 15kg, 163 unidades de espoleta com estopim, 307 unidades de emulsão e 485 unidades de espoleta e cordel detonante, além de um celular. Os artefatos estavam armazenados na casa do ex-militar do Exército Brasileiro (EB), José Javando Linhares Filho (32), que não possuía antecedentes criminais. O imóvel fica na Avenida Independência e os policiais chegaram até lá após receberem denúncia anônima sobre a localização dos explosivos.
Em depoimento, José Javando disse à Polícia que é proprietário de uma empresa prestadora de serviços de detonação e que realiza trabalhos para um empreendimento que faz obras para a Enel (antiga Coelce), na implantação de postes. Ele ainda assumiu que as sobras dos explosivos usados no trabalho seriam utilizadas em outro serviço e confessou ter ciência que a legislação determina que os produtos não utilizados sejam descartados. O homem possui autorização para a compra dos explosivos, não para mantê-los em sua casa.
Então, os policiais constataram que os materiais estavam acondicionados em local inadequado e de forma ilegal. Diante dos fatos, José Javando foi preso em flagrante, encaminhado à DRF e autuado em flagrante por porte ilegal de explosivos. A especializada dá continuidade às investigações sobre o caso no sentido de apurar a futura possível utilização das substâncias. De acordo com o delegado Eduardo Tomé, titular adjunto da DRF, a Polícia Civil já entrou em contato com o Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC) da 10ª Região Militar – responsável pelas fiscalizações de empresas que fazem uso de explosivos – e solicitou informações sobre a empresa de José Javando. “Eles já analisaram o material e irão levá-lo daqui”, completa o delegado.
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