Fortaleza vence Palmeiras com autoridade em jogo de marcas históricas e aniversário de 102 anos
Time de Rogério Ceni conseguiu dois gols no 1º tempo, com David, e segurou a pressão com inteligência na Arena Castelão, em duelo pela 17ª rodada da Série A.
Uma partida histórica. No dia em que completou 102 anos de fundação, o Fortaleza mostrou autoridade e venceu o Palmeiras por 2 a 0, no domingo (18), na Arena Castelão, pela 17ª rodada da Série A. Confronto registrou duas marcas memoráveis:
- Fim do tabu de 46 anos sem vencer o rival em casa (a última em 1974).
- Rogério Ceni alcançando o posto de 2º técnico com mais jogos pelo clube, totalizando 149 partidas. O líder em número de partidas pelo Fortaleza é Moésio Gomes, com 229.
Em campo, os gols de David na etapa inicial externaram uma postura dominante. A equipe foi superior, conseguiu dificultar a armação alviverde e, no 4-2-4, mostrou diversidade para obter o resultado com certa tranquilidade, apesar da mudança nas peças, como entradas de Max Walef e Marlon.
O ganho foi coletivo porque o time administrou a posse com velocidade e movimentação do quarteto ofensivo (Yuri César, David, Osvaldo e Ronald). Na marcação sob pressão a partir do meio-campo, ganhou os rebotes após as investidas e recomeçou. No primeiro tempo, por exemplo, foram quatro finalizações na meta de Weverton.
A imposição surgiu pelo vigor físico dos atletas disponíveis contra um trio de meias lento dos visitantes. Em bolas esticadas, Osvaldo e Yuri César criaram chances quando a equipe estava em vantagem justamente pela variação: soube atuar com organização ofensiva e construção desde a defesa, assim como em transição e contra-ataque.
Dos destaques individuais, uma peça é crucial para o funcionamento do todo: Ronald. Na direita, contribui com a marcação em Viña, o mais agudo do adversário, e ocupou bem o meio. O volante acertou 93% dos passes (22 de 23) e conseguiu uma assistência para David em tabela com Tinga. O jogador perdeu a bola apenas três vezes.
- David: autor dos gols, conseguiu mostrar bom posicionamento e muita velocidade para girar contra a marcação. No papel de pivô, levou vantagem contra os zagueiros.
- Marlon: cumpriu papel importante como volante e também aberto na lateral. A adaptação permitiu a variação de estilo na Arena Castelão.
- Max Walef: em nova atuação, passou muita segurança. Conseguiu três defesas e 64% de acerto nos passes ao fazer função similar a de Felipe Alves na armação.
Nova postura
O Fortaleza encerou a partida no 4-3-3, com Marlon e Carlinhos se alternando na função de volante pelo meio-campo. A sistemática deixa a equipe mais compacta e foi adotada quando o Palmeiras pressionou – tinha quatro atacantes desde a volta do intervalo.
Momento importante para mostrar uma exibição em que teve menos minutos com a bola, mesmo assim, trocou mais passes: 179 x 177 no 2º tempo. E a chance de ampliar existiu com Tinga infiltrando e batendo por cima da meta.
Tudo funciona com a organização defensiva, iniciada na última linha, dos atacantes, preenchendo o meio. Mas é preciso destacar a grande exibição dos zagueiros, Roger Carvalho e Paulão, com ganho na bola aérea, a principal arma do rival no jogo.
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