Filho preso em flagrante pela morte da mãe tem prisão convertida em internação provisória
Juíza considerou a possibilidade de o suspeito ter transtornos mentais
O homem autuado em flagrante pela morte da própria mãe, na última segunda-feira (15), em Fortaleza, teve a prisão convertida para internação provisória. Joelson de Sousa da Silva, 31, deverá cumprir a medida cautelar no Instituto Psiquiátrico Governador Stênio Gomes, no Eusébio.
Foi o que determinou a juíza Flávia Setúbal de Sousa Duarte, durante audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (17). Para a sua decisão, a magistrada considerou a possibilidade de Joelson ter transtornos mentais.
“[…] não é o caso de se determinar o recolhimento do flagranteado em estabelecimento prisional comum. Muito mais do que prisão, ele parece precisar de tratamento, pois há informações de que o mesmo é surdo, mudo e esquizofrênico, fazendo tratamento no CAPS desde criança, ressaltando que, no decorrer da entrevista pessoal, foi possível perceber um provável distúrbio mental”, disse.
Ainda conforme a magistrada, ele deve permanecer internado até que seja averiguada sua condição mental, “cabendo ao juízo para onde for distribuído o presente processo, caso entenda pertinente, a instauração de incidente de insanidade mental.”
Golpes de faca
A idosa foi assassinada com 32 facadas após ser arrastada e amarrada pelo suspeito, no bairro José Bonifácio, em Fortaleza, na segunda-feira (15). Ele foi preso ainda no mesmo dia.
Conforme o delegado Harley Filho, titular do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), as perfurações na vítima, identificada como Maria Luiza da Silva Magalhães, 68 anos, foram distribuídas em áreas como abdômen, pescoço e rosto. Para o delegado João Paulo Machado, que esteve à frente das investigações, a motivação do crime foi o descontentamento do filho com a mãe, que queria interná-lo. Segundo Machado, testemunhas informaram que o suspeito, identificado como Joelson de Sousa Silva, seria deficiente auditivo e teria problemas psicológicos.
Pedido de ajuda
Ainda segundo o delegado, o pai do suspeito relatou que o filho tinha o costume de ir para terminais de ônibus pedir dinheiro nos coletivos, sendo acolhido pelos genitores após retornar. Joelson passou a noite anterior ao crime fora de casa.
Uma vizinha, identificada como Dona Rita, amiga de Maria Luiza afirmou que a vítima relatou, por meio de chamada telefônica, precisar de ajuda com o filho — ela estava trancada com ele dentro de casa. A ligação foi feita às 13h.
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