Esportes

Equilibrado, Fortaleza tem condição de implementar modelo inédito de SAF no Brasil

Saneado, com baixo endividamento e acumulando bons resultados esportivos, Tricolor tem maior poder de barganha que todos os outros que já viraram SAF

Um dos times de maior evidência do futebol brasileiro no momento, o Fortaleza já recebeu contatos de investidores e tem, cada vez mais, debatido internamente o tema SAF. Uma questão que precisa ser colocada de forma muito clara é: por méritos próprios, Fortaleza tem condição de implementar um modelo inédito de SAF no Brasil.

Isso por que o Tricolor vive uma realidade completamente diferente de todos os clubes que já aderiram ao modelo no Brasil.

Botafogo, Cruzeiro, Vasco, Bahia, os primeiros no País que finalizaram este processo, apontavam em comum uma crise esportiva e financeira. Com dívidas exorbitantes, os clubes tiveram menos poder de barganha nas negociações e, em alguns casos, não é exagero afirmar que o caminho era virar SAF ou a possibilidade real de falência. 

Se em qualquer negociação há um lado com mais necessidades e urgências, este fica mais fragilizado.

No Fortaleza, o cenário é diferente. Bem equilibrado financeiramente, o Tricolor é um clube saneado, com um dos menores endividamentos entre os 20 times da Série A do Campeonato Brasileiro, zerou o passivo trabalhista, apresentou receita e superávit recorde no Nordeste e não tem a ‘corda no pescoço’.

Dentro de campo, nem se fala. São anos consecutivos de bons resultados esportivos, com continuidade de comando técnico, fortalecimento do elenco temporada após temporada e um time que tem quebrado recordes.

Saneado e com margem para crescimento, o Leão do Pici possui a condição de atrair investimentos sem a necessidade de transferir o controle da instituição (como ocorreram nos outros casos). Portanto, a ideia de comercializar entre 10% e 15% por cerca de R$ 50 milhões é interessante pois quem sentar à mesa para negociar com o Fortaleza sabe que irá conversar com um clube que tem poder de barganha.

E tudo isso debatido com tranquilidade e sem pressa. Pois há margem para isto. E tudo por mérito da gestão e da organização do próprio Fortaleza.

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Marcio Sousa

Editor chefe, Radialista profissional e Diretor de Programação da Taperuaba 98,7 FM

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