Cid reafirma aproximação com Eunício, evita criticar Tasso e ataca Wagner e Bolsonaro
Se ainda não há acordo de apoio mútuo entre o senador Eunício Oliveira (PMDB) e o governador Camilo Santana (PT) para as eleições deste ano, a tratativa é questão de tempo, ao menos se depender de Cid Ferreira Gomes (PDT). O ex-governador do Estado e padrinho político do atual chefe do Executivo no Ceará mostrou novamente interesse na aproximação entre os dois grupos. Sobre outro ex-aliado, Tasso Jereissati (PSDB), o Ferreira Gomes preferiu ficar calado durante entrevista concedida ao radialista Izaías Nicolau, da Rádio Tupinambá.
Cid revelou que a própria candidatura não é prioridade e que só concorrerá se isso beneficiar o aliado petista e o irmão, Ciro Gomes (PDT), que irá disputar a Presidência da República. O ex-governador ainda criticou Capitão Wagner (PR), a quem chamou de “oportunista sem talento”, e o deputado federal e pré-candidato ao Planalto Jair Bolsonaro (PSC).
Quanto a Eunício, Cid titubeou, mas reconheceu o apaziguamento das relações com o senador. “Espero que esse processo de reaproximação (com Eunício) possa ser reconstruído em bases que beneficiem o povo cearense”, disse na mesma entrevista. Também no programa de rádio, o pedetista afirmou que não há acordo estabelecido com o ex-aliado.
Reaproximação
Há quatro meses, Cid e Eunício começaram a ter agendas alinhadas, com participações em eventos, reuniões e inaugurações juntos pelo Ceará. Em setembro do ano passado, o ex-ministro da Educação sinalizou a possibilidade de aliança, desde que “conversada” e “construída” com a base aliada. Já em dezembro, justificou a aproximação. “Não seria razoável (o governador negar o alinhamento). Seria colocar vaidade pessoal acima do interesse popular”, disse à época.
Sobre a própria situação política nas eleições deste ano, o Ferreira Gomes afirmou que o irmão mais velho, Ciro, será o responsável por decidir como o clã sairá para a disputa. “Não sei, não tenho definição, posso ser (candidato), posso não ser”, esquivou-se.
Adversários
Ainda durante a entrevista, Cid afirmou que só comentaria sobre políticos a quem tivesse coisas boas a falar. Sobre Tasso, Cid escolheu o silêncio. “Já tirei o chapéu, hoje fico calado”, brincou. Contudo, o ex-governador não poupou críticas a Capitão Wagner e a Jair Bolsonaro.
Do adversário no Estado, disse que se trata de um aproveitador do clamor que a insegurança causa. “Não tem propostas, não tem qualidades, não tem talento”, atacou. Já sobre Bolsonaro, foi descrente. “Ele representa um retrocesso. Ter um País que tenha ele como líder, não acredito, zero possibilidade”, atacou.
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