Basquete Cearense vence Pinheiros por um ponto e avança nos playoffs
Há seis anos, um pacto foi feito entre o esporte e uma cidade: o de fidelidade. Sob as asas da torcida, o Basquete Cearense, o Carcará, fez história nesta quarta-feira. Bateu o Pinheiros por 64 a 63, fechou a série das oitavas em 3 a 1 e avançou às quartas de final do NBB, vencendo pela primeira vez uma série de playoffs. Mas não pense você, leitor, que foi fácil. Sente aí, que lá vem a história.
Antes disso é necessário falar do cestinha Bennet, que marcou 18 pontos, mas não conseguiu dar a vitória ao Pinheiros. Do lado do Carcará, Betinho e Felipe anotaram 14 pontos. Leozão pegou 14 rebotes.
O jogo
A torcida compareceu e mostrou que apoio não faltaria. A primeira bola, de Holloway, foi recebida com muitas vaias. Ao contrário da cesta dos donos da casa, de Felipe, que fez o ginásio ir ao delírio. A tônica da série permaneceu. Equilíbrio. Nenhum time desgarrou no início. O Pinheiros tomou a ponta e não quis largá-la. Ligado no 220, o time paulista não deu chances ao Carcará para encostar no marcador. No fim, muitos erros de ataque dos donos da casa e a boa vantagem dos visitantes: 13 a 21.
Se o Pinheiros abriu quatro pontos a mais logo no início do 2Q, o Basquete Cearense tratou de fazer oito pontos em sequência com dois triplos e uma bandeja de Paulinho. A torcida quase que consagrava a promessa de não abandonar o Carcará. A sete minutos do fim, 21 a 25 para o Pinheiros. Mas foi numa cesta de três de Felipe que a vantagem diminuiu para dois (30 a 32). Mas o Pinheiros aproveitou os momentos de desatenção e seguiu com sete pontos à frente no placar: 30 a 37.
O terceiro período começou tal qual uma pelada de fim de semana. Erros, bolas perdidas, ataques ineficientes. Em quatro minutos, apenas o Pinheiros pontuara. Com as duas equipes demorando para entrar em jogo, a cobrança da torcida aumentou. Até que Holloway e Paulinho resolveram por ordem na casa e o placar voltou a mexer. Mas para o pavor da torcida cearense, a distância do Pinheiros não caía. Mas no Carcará é assim: deu problema? Chama o Paulinho! Num combo cesta de três + bandeja, o armador virou para o Basquete Cearense: 45 a 44. Mas no último ataque, o Pinheiros virou e foi com um ponto para o último período: 45 a 46.
Os últimos dez minutos foram tão, ou mais, intensos que os trinta primeiros. Ponto a ponto, cesta a cesta, as equipes foram alternando a liderança. Agora é aquela, torcedor. Prenda a respiração e não pisque. Faltando cinco para o fim, Felipe acertou uma infiltração e deu três pontos de vantagem ao Basquete Cearense: 57 a 54. Com bandeja de Sualisson, mais dois pontos: 59 a 54. Holloway diminuiu no lance livre: 59 a 56. Na linha de três, Sualisson: 62 a 56. Felipe na deixadinha: 64 a 56. Na insistência e pontaria calibrada, Bennet errou o lance livre e na bola de três, o Pinheiros encostou. Faltavam 26 segundos e a vantagem era do Carcará: 64 a 63. Mas não deu para o Pinheiros. A defesa funcionou e deu Carcará: 64 a 63.
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