Bahia próximo de acerto com Grupo City. Ceará e Fortaleza podem virar SAF? Veja respostas
O time baiano recebeu proposta de aporte de R$ 1 bilhão pela SAF do clube
Um novo movimento se instalou no futebol brasileiro nos últimos meses: clubes se transformarem em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e venderem ações para investidores externos. Foi assim, por exemplo, com Cruzeiro, Botafogo, Vasco. E pode ser assimcom o Bahia. A equipe nordestina tem uma negociação avançada com o City Football Group, dono do Manchester City, para aporte de R$ 1 bilhão.
O modelo repassa o controle do ‘futebol’ da instituição para um agente, em troca de receita para quitar as dívidas e formar elencos mais fortes. Na Série A, o América-MG e o Cuiabá também viraram SAFs.
Em dezembro, o Cruzeiro teve 90% das ações da SAF do time compradas pelo ex-jogador Ronaldo por 400 milhões. Em janeiro, o Botafogo firmou negociação nos mesmos moldes com o empresário norte-americano John Textor, enquanto o Vasco fez repasse de 70% para a holding 777 Partners, do EUA, por R$ 700 mi. A SAF do América-MG ainda não foi vendida, já o Cuiabá, que era clube-empresa, é gerido pela “família Dresch”.
O principal interesse dos clubes é o recebimento do aporte financeiro imediato ou dissolvido em anos. No cenário de dívidas milionárias, as instituições podem utilizar uma parte do valor da negociação com o fundo para o pagamento, mecanismo necessário na legislação dentro da operação de gestão da SAF.
Ceará e Fortaleza podem virar SAF?
Pela legislação, Ceará e Fortaleza podem se transformar em SAFs, mas devem alterar os estatutos dos clubes caso desejem entrar nessa operação, pois os times são ‘Instituições Sem Fins Lucrativos’. Hoje, ambos possuem gestões profissionais, dívidas saneadas e controle esportivo, mas não possuem um investidor majoritário capaz de realizar um aporte milionário ou um ‘dono’ das equipes.
Assim, precisariam se transformar em empresas, via SAF, para viabilizar a obtenção de investimento. A decisão de migração de modelo (ou não) é dos clubes. Nos casos de sistemas sem fins lucrativos, a mudança exige a alteração estatutária, o que necessita de aprovação no Conselho Deliberativo.
O processo é seguido com a criação de uma empresa para ofertar “ações de futebol” no mercado. O detentor da maior parte dos ativos, o “dono”, se torna o sócio majoritário do clube, assumindo o controle das principais ações da agremiação, desde que cumpra pendências previstas na legislação.
Quais as posições de Ceará e Fortaleza sobre a SAF?
Robinson de Castro, presidente do Ceará
“É um modelo que ainda não foi aprofundado e discutido internamente pelo clube visto que não está no horizonte de curto prazo do Ceará alterar sua natureza jurídica para captar investimento”.,
Marcelo Paz, presidente do Fortaleza
“O Fortaleza está atento ao movimento, mas não fizemos ainda nenhum caminho, nenhuma situação de vender ou virar SAF porque entra o cuidado jurídico e estatutário. Não é o Marcelo Paz ou a diretoria, é o sócio-torcedor do Fortaleza que vai fazer isso e aprovar uma possível venda. A gente está apenas observando, não demos nenhum passo. O primeiro é criar a SAF e não fazer nada, e o segundo é vender as ações da SAF para alguém. Uma coisa eu garanto, só tem dinheiro de fora, se virar SAF. Hoje, com a lei, nenhuma pessoa vai colocar dinheiro em um clube se não for SAF. Ela salvou alguns clubes, mas pode existir como o América-MG, que tem a SAF controlada pelo clube”.
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