Atriz Eva Wilma morre aos 87 anos, vítima de câncer no ovário
Ela estava internada desde abril em São Paulo
Morreu na noite desse sábado (15) Eva Wilma, vítima de um câncer no ovário. Ícone da dramaturgia brasileira, a atriz de 87 anos estava internada desde abril. Os problemas de saúde começaram em janeiro, quando ela teve pneumonia. Desde lá, apresentou problemas cardíacos e renais, até ser diagnosticada com a doença.
Eva estava em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
A artista marcou sua trajetória não só como atriz, mas também como cantora e bailarina.
Filha de um alemão católico e de uma argentina judia de ascendência russa, Eva Wilma Riefle Buckup Zarattini morreu na mesma cidade onde nasceu.
Deixa os filhos Vivien e John Herbert Junior, de seu primeiro casamento, e os netos Miguel, Mateus, Gabriela, Francisco e Vitorio. Além, é claro, de um legado imenso – o de uma das mais belas e talentosas atrizes brasileiras de todos os tempos.
Trajetória de Eva Wilma
Aos 14 anos de idade, ela já era bailarina clássica, e sua desenvoltura a mantinha firme mesmo sobre uma superfície de gelo.
Mas a estreia como atriz não demorou. Em 1952, aos 19, começou no teatro com “Uma Mulher e Três Palhaços” ao lado de seu futuro marido, o ator John Herbert, morto há dez anos. No ano seguinte, fez seu primeiro filme, a comédia “Uma Pulga na Balança”, dirigida pelo italiano Luciano Salce.
Foi em 1953 que também apareceu na televisão pela primeira vez, no seriado “Namorados de São Paulo”, em que contracenava com Mario Sergio. John Herbert logo substituiu o ator original, e o programa teve seu título alterado para “Alô, Doçura”. Com ele, Eva Wilma entrou para a história da TV.
Eva estrelou um dos maiores clássicos da televisão, interpretando as gêmeas Ruth e Raquel na primeira versão da novela “Mulheres de Areia” (1973). A atriz também estrelou “A Indomada”, que lhe rendeu diversos prêmios.
Últimos trabalhos
Nos últimos tempos, Eva Wilma se fez rara na TV. Em sua última novela completa, “Verdades Secretas”, de 2015, teve um papel relativamente pequeno, porém marcante. Era Fábia, uma grã-fina arruinada, entregue ao alcoolismo.
Desde então, participou de alguns capítulos de “O Tempo Não Para”, em 2018 e 2019, e de um episódio da minissérie “Os Experientes”, de 2019. Há pouco, foi vista na reprise de “Fina Estampa”, novela produzida há dez anos.
Depois de uma internação em março de 2016, ainda voltaria ao palco três vezes. Em agosto daquele mesmo ano, estrelou, ao lado de Nicette Bruno, “O Que Terá Acontecido a Baby Jane” -a primeira direção de uma peça não musical assinada por Charles Möeller e Claudio Botelho.
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