Chefe de facção que atua no Ceará tem R$ 3 milhões em bens apreendidos durante operação policial
Suspeito já está preso no Sistema Penitenciário Federal
O chefe de uma facção criminosa carioca, que atua no Ceará e que está preso no Sistema Penitenciário Federal, teve R$ 3 milhões em bens apreendidos pela Polícia Civil do Ceará (PC-CE), na Operação Cashback, deflagrada na última terça-feira (19). Entre os bens apreendidos, estão imóveis e veículos de luxo.
A reportagem apurou, com uma fonte da Polícia Civil, que o principal alvo da Operação Cashback é o número 1 da facção criminosa carioca no Ceará, Max Miliano Machado da Silva, conhecido como ‘Pio’ ou ‘Gordão’, que já foi preso na Operação Guilhotina, deflagrada em fevereiro de 2021.
Três mandados de busca e apreensão, além de ordens de sequestro de bens, foram cumpridos em um condomínio de alto padrão localizado no Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF); e em dois imóveis de Manaus, no Amazonas.
Entre os bens sequestrados, estão dois imóveis no Eusébio, um em Fortaleza e outro na cidade de Recife, em Pernambuco. Também foi apreendido um veículo em Manaus e outro na capital cearense.
As ordens judiciais foram cumpridas por policiais civis da Delegacia de Combate aos Crimes de Lavagem de Dinheiro, do Departamento de Recuperação de Ativos (DRA), da Polícia Civil do Ceará, e por agentes da Polícia Civil do Estado do Amazonas (PC-AM).
INVESTIGAÇÕES
As investigações tiveram início há cerca de 1 ano, após informações de que familiares do alvo, apontado como chefe do grupo criminoso e investigado por suspeita de crime de lavagem de dinheiro, desfrutarem de patrimônio incompatível com a renda lícita aparente. O objetivo da Operação é descapitalizar a facção criminosa.
“É nossa missão identificar, fazer a investigação patrimonial e financeira dessas organizações tanto para evitar que elas usufruam desses bens de alto luxo como para que a gente consiga desarticular essas organizações criminosas através da asfixia financeira. Esses imóveis de alto luxo eles utilizam exatamente para lavar o dinheiro”, disse a diretora do Departamento de Recuperação de Ativos (DRA), Ivana Marques, durante coletiva de imprensa.
As investigações continuam visando prender e localizar os demais envolvidos no esquema criminoso no Ceará e no Amazonas.
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