PDT Ceará faz primeira reunião após pedido de desfiliação de Evandro Leitão
Partido vive uma disputa interna desde as eleições do ano passado
O diretório cearense do PDT realiza, no fim da tarde desta sexta-feira (29), o primeiro encontro desde a concessão da carta de anuência e o pedido de desfiliação do presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Evandro Leitão.
Até o momento, a reunião não tem pauta definida. Contudo, conforme apurou o Diário do Nordeste, o diretório pode discutir a oficialização do apoio dos parlamentares da sigla ao governador Elmano de Freitas (PT).
Oficialmente, o PDT adota uma postura de independência em relação ao Governo do Estado. Contudo, na prática, a ampla maioria já integra a base, tanto que o líder do Governo na Alece é o pedetista Romeu Aldigueri. Na Casa, dos nove deputados do PDT, apenas Cláudio Pinho, Antônio Henrique e Queiroz Filho adotam postura de oposição. Já na bancada federal, só André Figueiredo.
A reunião desta sexta, em Fortaleza, será presidida pelo senador Cid Gomes, que comanda a sigla até o fim do ano após acordo com o presidente nacional interino do PDT, André Figueiredo.
PARTIDO RACHADO
Desde o pleito do ano passado, o PDT vive um racha interno. No capítulo mais recente da crise está justamente a saída de Evandro Leitão. O parlamentar ganhou, no último dia 25 de agosto, a anuência para deixar a sigla.
O nome dele é ventilado há alguns meses como possível candidato para a Prefeitura de Fortaleza em 2024. Evandro, inclusive, chegou a receber convites para se filiar ao PT e ao PSB.
A decisão, com aval do colegiado da sigla no Ceará, é questionada pelo diretório nacional do PDT. A queda de braço entre os correligionários, inclusive, já foi parar na Justiça.
Evandro alega que sofreu “grave discriminação política e perseguição pessoal” por parte dos dirigentes do PDT-CE nas eleições do ano passado.
Conforme o presidente da Alece, a perseguição ocorreu na “total ausência de repasses financeiros pelo Diretório Estadual do PDT para a campanha”, mesmo com ele sendo um dos quadros do partido com maior potencial de voto.
Figueiredo nega as acusações e aponta que a “nenhum parlamentar, seja federal ou estadual, foi deixado de oferecer recursos do Fundo Eleitoral em 2022, dentro das normas estabelecidas em Resolução Nacional”.
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