CGD investiga supostas faltas de diretor de presídio ao trabalho para fazer faculdade fora do Ceará
A Controladoria instaurou procedimento disciplinar para apurar o caso. Há suspeita que o policial penal venha fraudando o ponto eletrônico
O diretor de uma unidade prisional do Ceará é investigado pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD). O policial penal, de nome preservado porque não está na condição de indiciado ou denunciado, é suspeito de faltar ao serviço para cursar Medicina no estado da Paraíba.
As faltas já estariam se repetindo há pelo menos um ano, enquanto o suspeito segue em um cargo de gestão e recebendo os vencimentos, sem descontos. A suspeita é que o policial penal consiga burlar sua ausência, porque tem acesso a um ponto eletrônico por meio do próprio celular.
A Controladoria determinou instauração de procedimento disciplinar para a devida apuração na seara administrativa. De acordo com a CGD, o procedimento está em trâmite. O servidor foi procurado pela reportagem, mas não quis se pronunciar.
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) disse ter conhecimento sobre o caso ter chegado para apuração da CGD.
Por nota, a SAP afirma que a situação questionada já está sendo apurada pela Controladoria “para que assim sejam tomadas as devidas providências”.
BURLANDO O SISTEMA?
O diretor da unidade prisional estaria se valendo da tecnologia para, mesmo estando na Paraíba, ‘bater o ponto’. Há ainda suspeita que o diretor venha fraudando o ponto eletrônico para outros policiais penais, que se matricularam na mesma universidade.
Para ir até a Paraíba, ele ainda estaria usando o carro e o combustível da Pasta, conforme outros policiais penais que denunciaram o caso. Uma das ocasiões em que teria agido desta forma foi no último dia 20 deste mês, quando supostamente participou presencialmente,a na Paraína, da ‘Cerimônia do Jaleco’ na faculdade.
A reportagem chegou a entrar em contato com a faculdade onde o policial penal está matriculado. Mas, a instituição de ensino informou que não não iria se manifestar.
Já a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) garante “que caso haja alguma denúncia contra os agentes públicos dentro do sistema prisional, essas são encaminhadas ao órgão competente de apuração”.
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