Polícia Federal deflagra operação contra fraude no auxílio emergencial
Operação Terceira Parcela é a maior no combate a desvios em benefícios emergenciais, diz PF
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (18), a Operação Terceira Parcela contra fraudes no auxílio emergencial pago pelo Governo Federal durante a pandemia de Covid-19. Foram mobilizados 200 policiais federais para buscas em 73 endereços de Minas Gerais, Bahia, Tocantins e Paraíba. A maioria dos 66 mandados é cumprida em municípios mineiros, incluindo a capital Belo Horizonte. De acordo com a PF, essa é a maior operação de combate a fraudes em benefícios emergenciais.
Na primeira etapa, os investigadores miram em beneficiários de contas que teriam recebido dinheiro desviado do programa. “O objetivo da operação é desestruturar ações que causam prejuízo ao programa assistencial e, por consequência, atingem a parcela da população que necessita desses valores”, informou a PF.
As apurações preliminares ficaram a cargo de uma força-tarefa composta por integrantes da própria Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF), Ministério da Cidadania, Caixa Econômica, Receita Federal, Controladoria-Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU). O grupo participou da chamada Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial (Eiafae), instituída para identificar fraudes massivas no benefício.
A suspeita é a de que criminosos usavam dados de pessoas que não haviam solicitado o auxílio para fazer o cadastro no sistema da Caixa. O dinheiro recebido indevidamente seria usado para pagar boletos.
Em dezembro, na Operação Segunda Parcela, a Polícia Federal enviou equipes para investigar possíveis fraudes ao auxílio emergencial em 14 Estados. Na ocasião, foram cumpridos 42 mandados de busca e apreensão, outros 13 de sequestro de bens e sete pessoas foram presas.
O programa do Governo Federal foi desenhado para ajudar trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEIs), autônomos e desempregados que perderam a principal fonte de renda diante da crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Um dos critérios para receber a ajuda de R$ 600 ou R$ 1,2 mil é ter renda familiar per capita de até meio salário mínimo ou renda mensal total de até três salários mínimos.
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