PF cumpre mandados no CE, SP e MG contra lavagem de dinheiro de organização ligada a ‘Gegê’ e ‘Paca’
Organização criminosa movimentou mais de R$ 8 milhões em bens móveis e imóveis, além da grande quantidade de dinheiro ilícito nas contas bancárias dos investigados
A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quarta-feira (25), 12 mandados de busca e apreensão no Ceará, São Paulo e Minas Gerais com o objetivo de apurar crime de lavagem de capitais provenientes do tráfico de drogas no Estado, comandado por uma organização criminosa paulista que era chefiada por Rogério Jeremias de Simone, o “Gegê do Mangue”, e Fabiano Alves de Souza, o “Paca”, mortos em fevereiro de 2018, na Grande Fortaleza.
Conforme a polícia, a organização criminosa movimentou mais de R$ 8 milhões em bens móveis e imóveis, além da grande quantidade de dinheiro ilícito nas contas bancárias dos investigados e “laranjas”.
As investigações tiveram início, segundo a PF, depois das mortes de Gegê e Paca, após a polícia constatar que os dois líderes, juntamente com outros membros da organização criminosa que atuava no Ceará, fizeram movimentações ilícitas milionárias.
A ação faz parte da “Operação Node”, que recebeu este nome em alusão à Terra de Node, onde Cain foi habitar após ser expulso da família. As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal, após representação em inquérito policial.
Assassinato de Gegê do Mangue e Paca
‘Gegê do Mangue’ e ‘Paca’ foram assassinados em um atentado premeditado, conforme as investigações, por comparsas da mesma facção criminosa. O duplo homicídio aconteceu em uma reserva indígena no município de Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Consta nos autos que os líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) estavam levando uma vida de luxo no Ceará e, supostamente, desviando milhões da organização. Um bilhete foi encontrado por agentes penitenciários indicando que a ordem do atentado partiu de Marcola, número 1 da facção. Ao todo, há dez pessoas acusadas de envolvimento no crime, com diferentes participações.
Felipe Ramos é apontado como piloto do grupo criminoso. Ele é quem pilotava o helicóptero utilizado para transportar as vítimas até a reserva indígena, e segue detido em uma unidade de segurança máxima em Mato Grosso. André Luís da Costa Lopes, o ”Andrezinho da Baixada”, e Gilberto Aparecido dos Santos, o ”Fuminho”, eram pessoas próximas às vítimas e, de acordo com as autoridades, se valeram da relação para atrair ‘Gegê’ e ‘Paca’ ao local do crime.
Os documentos ainda apontam que Carlenilton seria um dos executores do crime. Já Jefte, envolvido na logística do assassinato.
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