Governo pede explicações aos supermercados por preços altos
Varejo cearense aponta aumento de preços pelo setor produtivo
As principais empresas e associações cooperativas ligadas à produção, distribuição e venda de alimentos da cesta básica têm cinco dias para responder o motivo da alta nos preços. A notificação foi dada ontem pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça, justificando pedido “diante do sensível aumento de preços de itens da cesta básica, em especial o arroz”, produto que, segundo o documento, “apesar dos positivos volumes produtivos da última safra brasileira, teve significativo incremento de preços na prateleira”.
De acordo com Nidovando Pinheiro, vice-presidente da Associação Cearense de Supermercados, o Estado não tem conseguido acompanhar a variação de preços. No caso do arroz, estaria bem mais caro em outras regiões.
“Lá no Sul, estão vendendo arroz a R$ 8,40 o quilo. Aqui não tem nenhum arroz que passou de R$ 5, ainda. A gente sabe que está ocorrendo um consumo externo muito grande, que influencia isso aí, o aumento da carne também, reajuste muito alto. Nenhum supermercado no Ceará está conseguindo acompanhar o preço que vem subindo no mercado”, explica, acrescentando que “o Governo tem que ver é na fonte o que está acontecendo, porque vir pra cima do supermercado é muito fácil”.
Empresário e representante do setor, Nidovando cita o queijo mussarela como um dos produtos que, em 60 dias, subiu 100% no preço de aquisição para venda no Ceará. “É uma variação de preço que a gente não consegue entender o que está ocasionando. Um reajuste tão alto. Como vou vender para o meu cliente? A gente está assustado”.
O intuito da notificação, conforme a secretaria vinculada ao Ministério da Justiça, é, após a devida análise, “coibir aumentos arbitrários”. Na noite de ontem, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu zerar a alíquota do imposto de importação para o arroz em casca e beneficiado até 31 de dezembro deste ano.
A Secretaria Nacional do Consumidor, vinculada ao Ministério da Justiça, notificou os setores de produção, distribuição e venda de alimentos da cesta básica a se explicarem sobre a variação de preço dos alimentos.
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